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Juíza diz que não há abrigo para acolher bebê com doença rara em GO





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Alegando não ter condições de cuidar do filho, mãe quer doá-lo. Magistrada e Conselho Tutelar insiste para que guarda fique com a família.

A juíza de Infância e Juventude de Goiânia, Maria Socorro de Souza Afonso da Silva, afirmou que não há abrigo na capital com condições de receber o bebê de 1 anos e 4 meses diagnosticado com osteogenese imperfeita. A mãe do menino quer dá-lo para adoção, alegando não ter condições de cuidar do filho, que sofre fraturas com facilidade. A criança segue internada no Hospital da Criança, onde está desde que nasceu, devido à indefinição em relação ao seu futuro.

De acordo com a magistrada, os abrigos não possuem servidores suficientes para cuidar devidamente do menino. “Ele necessita de ter um acompanhamento 24 horas. Nós teríamos que ter pelo menos três pessoas inteiramente à disposição. Nossas entidades de acolhimento já contam com número insuficiente de servidores, não teríamos como tirar três servidores pra ficar exclusivamente por conta dele”, alega.

A juíza afirma que, antes de encaminhar o bebê para adoção, vai insistir para que os pais ou familiares próximos, como avós e tios, fiquem com a criança.

“Se os pais chegarem à conclusão de que não têm condições materiais, emocionais, de levar essa criança e acolhê-la em casa, o Conselhor Tutelar deve buscar a família extensa, procurar os parentes para ver se tem alguém que tem essa condição pra acolher esse bebê. Só depois disso, e se chegar à conclusão que nenhum deles têm condições ou quer assumir a responsabilidade dessa criança, é que se passará realmente ao Juizado da Infância e da Juventude”, explica.

O Conselho Tutelar está dando apoio à família e tentando convencê-los para quem fiquem com o menino. "Nós acolhemos a criança, trabalhamos com ela e com a família. Eles precisam, sim, de ajuda, tanto financeira, se for o caso, como também encaminhamento para psicólogos. A aceitação, a autoestima precisa ser trabalhada", afirmou a conselheira tutelar Divina Pereira dos Santos.

Fragilidade
O bebê teve todas as fraturas possíveis dentro do útero, inclusive nas costelas, pois a doença se caracteriza pela deficiência de colágeno nos ossos, deixando-os frágeis. Ao nascer, em 2012, ele foi levado direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança. O menino respirou com a ajuda de aparelhos por nove meses.

Mesmo na UTI, o bebê já quebrou o braço duas vezes ao brincar com chocalho. Apesar das fraturas, segundo a pediatra Paula Pires, ele é um menino forte e já consegue comer papinha e até segurar a mamadeira.

A fisioterapeuta Fernanda Ameloti Gomes Avelino diz que a criança deve ser estimulada constantemente. "É uma criança que entende tudo, tem um cognitivo bom, só precisa mesmo da estimulação multidisciplinar para que ele consiga, dentro dos seus limites, ter uma independência maior", ressalta.

Embora tenha recebido alta médica, a pediatra ressalta que o menino precisa de atenção especial. "Ele vai precisar de acompanhamento pediátrico, ortopédico, fisioterápico, com fonoaudióloga em centro específico para estas doenças. Precisa de manipulação com cuidados especiais. Uso de brinquedos que não ofereçam risco para ele. Precisa de almofadinhas, travesseiros", explica.

Sabendo das restrições da criança, a mãe diz que é impossível cuidar dele. Ela mora com o marido em Alvelinópolis, no interior goiano. Com mais dois filhos, um de 6 anos e outro de 4 meses, ela e o esposo concordaram com a adoção do menino. "Ele precisa de muita atenção. Decidi dar para adoção porque eu não tenho condição de ficar com ele", afirma a mulher que não quis ser identificada.

Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/01/juiza-diz-que-nao-ha-abrigo-para-acolher-bebe-com-doenca-rara-em-go.html