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Snowden defende direito à privacidade e elogia protestos no Brasil





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O ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, em inglês) Edward Snowden defendeu o direito à privacidade nas comunicações e agradeceu pelo reconhecimento por ter revelado o esquema de espionagem de telefones e internet feito por Washington.

Em carta à revista "VIP" desta sexta-feira, o delator afirmou que as revelações na imprensa mundial e o repúdio de diversos países ao monitoramento feito pelo governo americano mostram um desejo da população mundial de manter sua privacidade.

"É uma voz comum, que carrega uma mensagem: 'Parem de nos espiar". Privacidade é o direito de decidir quem te conhece. Se nós somos cidadãos e, não qualquer coisa, os espiões não podem saber mais de nós do que nós mesmos".

Ele agradeceu aos que o ajudaram "do Rio de Janeiro a Washington, passando por Moscou", em referência indireta ao jornalista Glenn Greenwald, que mora na capital fluminense e foi um dos principais responsáveis por divulgar os documentos na imprensa mundial, e ao governo russo, que lhe concedeu o asilo.

O delator também agradeceu pelo reconhecimento mundial das denúncias e disse ter recebido diversos aliados, apesar dos riscos. "Contar a verdade em tempos de enganação significa que outros vão se juntar a você, não importa o perigo. A solidariedade deixa todos nós mais seguros".

No texto, Snowden qualificou seu ato como "um protesto que começou por mim mesmo" e elogiou os brasileiros pelos protestos iniciados em junho, que chamou de "grande inspiração".

"Vocês demonstraram ao mundo que a voz de uma sociedade é ouvida quando milhões de pessoas vão às ruas. Até os melhores líderes se beneficiam dessa orientação pública chamada protesto".

HISTÓRICO

Snowden, 30, trabalhava para a NSA até maio como funcionário terceirizado da empresa Booz Allen Hamilton. Ele revelou detalhes sobre programas de espionagem à mídia britânica e norte-americana, que iniciaram a publicar os dados no início de junho.

Após deixar a empresa e entregar as informações aos jornalistas, ele viajou a Hong Kong, onde ficou até 23 de junho, quando os Estados Unidos pediram sua extradição para que ele fosse julgado por roubo de informações confidenciais e espionagem.

Após ficar mais de um mês morando na zona de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo, perto de Moscou, ele recebeu asilo temporário da Rússia em agosto e agora mora nos arredores da cidade. Enquanto isso, diversas denúncias de espionagem foram feitas, prejudicando o governo americano e o presidente Barack Obama.

Dentre elas, a do monitoramento de ligações da presidente Dilma Rousseff e da Petrobras, o que provocou a irritação da mandatária e o cancelamento de uma visita de Estado a Washington. Em setembro, Dilma sugeriu na Assembleia-Geral da ONU uma nova governança sobre espionagem.

Fonte: folha.uol.com.br