Untitled Document


Dança precisa enfrentar o fantasma da falta do público, diz representante da classe





Warning: getimagesize(http://www.webjundiai.com.br/classic/imagens_dos_clientes/imagens_german/blog/jornal-jundiai-sites-jundiai-danca.jpg): failed to open stream: HTTP request failed! HTTP/1.1 404 Not Found in /home/germansites/www/blog/layouts/layout3.php on line 256

Warning: Division by zero in /home/germansites/www/blog/layouts/layout3.php on line 260

O público (ou a falta dele) é um dos principais fantasmas que assombram a cena de dança no Brasil, diz o coreógrafo Daniel Kairoz.

Kairoz, 29, foi eleito representante dos profissionais da dança no Conselho da Cidade de São Paulo após um imbróglio envolvendo a eleição de Deborah Colker, do Rio, como representante da classe no órgão paulistano.

A eleição foi vista como amadurecimento político da classe e conquista de um setor cultural que historicamente tem que brigar por cada espaço da cena cultural.

Segundo Kairoz, o último ano foi vem interessante para a dança em São Paulo. Além da vitória no Conselho da Cidade, os profissionais conseguiram expandir o patrocínio público oferecido pelo Fomento à Dança de um para dois anos.

Isso dá espaço para os artistas respirarem e poderem criar, mas, segundo o representante da classe, traz efeitos colaterais.

"O patrocínio é fundamental, mas a dança ficou muito pautada pela Lei do Fomento, que é uma conquista imensa da classe, mas é pouco para uma cidade do tamanho de São Paulo", afirma.

Além de não dar conta do número de grupos e bailarinos criando (ou querendo criar), o financiamento ajuda a tornar mais agudo um problema clássico da dança, não só no Brasil: a bilheteria.

Para criar um público que, eventualmente, possa fazer com que as produções se paguem com a venda de ingressos, disseminarem-se espetáculos gratuitos.

Isso teve um efeito colateral perverso, de acordo com Kairoz: "As pessoas se acostumaram a não pagar para ver dança. Não é legal se tudo de graça".

O que a classe de artistas, mais mobilizada no atual momento, pretende fazer é discutir as alternativas para incentivar a dança, tanto do ponto de vista dos criadores quanto dos espectadores.

Substituir a gratuidade por preços populares, colocar o ensino de dança no currículo das escolas, facilitar a circulação dos espetáculos para além da cidade de São Paulo e dos poucos espaços destinados a eles são algumas das propostas.

Há também projetos para a criação de centros coreográficos, onde os artistas e grupos sem sede fixa possam ensaiar e de bolsas para artistas que estão em início de carreira.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br