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As ilusões do paradigma do consumo





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As pessoas são treinadas, desde pequenas, a consumir e gastar. Trata-se de um modelo praticado e estimulado pelas corporações, pela mídia e até pelas famílias. Entender que esse modelo nos apresenta soluções ilusórias é um dos passos para iniciar um processo de reeducação financeira.

Na sociedade do consumo as pessoas são treinadas, desde pequenas, a consumir e gastar. Trata-se de uma capacitação feita pelas empresas, pela mídia e até familiares. Quando um pai ou mãe troca de celular constantemente, influenciado pela propaganda e pela aparência, o que está transmitindo aos filhos? A situação é reforçada quando a criança é presenteada constantemente para compensar a falta de convívio familiar. Poderíamos continuar dando outros exemplos mas com certeza alguns já vieram à sua mente.

Essa prática, em conjunto com uma série de outros hábitos inadequados, ajuda a construir uma sociedade onde as famílias gastam muito, descontroladamente, muitas vezes mais do que ganham. Forma-se então um paradigma onde as pessoas trabalham muito, para gastar muito e quanto mais gastam mais estão insatisfeitas.

O próprio paradigma cuida de fornecer pseudo soluções para a resolução do problema, iludindo as pessoas e dando-lhes a esperança de que um dia a situação mudará. Mais entra ano, sai ano, as coisas não mudam, e quando mudam, na maioria das vezes, é para pior.

O paradigma do consumo ensina as pessoas a aplicarem em suas vidas quatro soluções ilusórias que na verdade, não resolvem a situação:

Ilusão 1: Preciso de um aumento de salário - não consigo guardar nada porque meu salário é baixo, se eu tivesse um aumentozinho as coisas iriam melhorar.

Realidade 1: Suponha que esta pessoa tenha um aumento de salário de 50%. Próximo mês o que ela fará que esse dinheiro adicional, vai guardar ou vai gastar? Normalmente já terá gasto antes de receber, pois como dissemos no início, fomos treinados para gastar, não para poupar.

Ilusão 2: Preciso trabalhar mais, arrumar uma renda adicional, meu salário ainda está baixo.

Realidade 2: A sociedade nos ensina a trabalhar em excesso, fazer bico, hora extra, ter duas profissões, etc. Imaginemos a pessoa do exemplo acima, após três meses de aumento ela estará proferindo aquele ditado que todo mundo conhece: "Quanto mais se ganha mais se gasta!". Iludida pelo paradigma, começa a fazer hora extra todos os dias de semana, e em cima daquele salário que já contemplava os 50% de aumento ela obtém 100% de horas extras. Ao final do mês, quando receber o seu salário, novamente,  o que ela fará com esse dinheiro adicional? Guardará ou gastará?

Ilusão 3: A culpa dos meus problemas financeiros é do governo e da carga tributária.

Realidade 3: Perceba que o paradigma não se cansa de nos fornecer soluções ilusórias. O importante é sempre encontrar um culpado, desde que o culpado não seja eu, é claro. O governo, a corrupção, a carga tributária entram no jogo para que eu me redima da situação.

Não vamos discutir essas questões sob o ponto de vista social ou político mas aprendi que, se eu for responsável com minhas finanças, nem governo, nem carga tributária irão atrapalhar a minha vida financeira.

Ilusão 4: Os juros dos bancos são exorbitantes.

Realidade 4: Recentemente os juros bancários foram reduzidos, não obstante continuarem muito altos. Mas seja sincero, as pessoas reduziram proporcionalmente suas dívidas ou continuaram a contrair crédito sem critério nas instituições bancárias? 

Concluo então, baseando-me não em suposições mas na experiência prática atendendo dezenas de pessoas, casais e famílias, que, sem educação financeira, o (1) aumento de salário, (2) renda complementar, (3) transparência do governo,  (4) redução da carga tributária ou (5) juros bancários mais baixos, não asseguram a ninguém a conquista de uma vida financeira saudável.

A solução, na realidade, está dentro das pessoas.

FONTE: http://administradores.com.br